O calor de quase 40 graus fizeram Maria adormecer em seu branco
lençol... O cheio de roupa lavada, acariciava seu corpo nas
horas da madrugada... O outro lado, a cama vazia! A delirar o calor
que molhava seu corpo... Maria por instante olha o vazio da cama e se vê
acompanhada. Tudo parecia tão real - o toque das peles enroladas no alvo
lençol... Sua face acariciada, e o beijo na boca molhada. Os lábios grudavam a
boca, e o toque das mãos por cima da roupa... Revelava-se assim em
volúpias aqueles amantes. Um olhar no olho do outro, uma linguada no
pescoço, a fez arrepiar. As mãos daquele macho a deslizar sua
pele, uma a tocar seu meio a outra a sugar-lhe o seio... Maria se
contorcia contraindo suas entranhas. E o homem sedento a segurava forte. Com a
candura de um amante desvendando seu corpo do sul ao norte... Sua pele a
arrepiar-se com as fungadas no cangote... Sua língua no ouvido dava
sentido para aqueles momentos, seguindo em gemidos. Maria fechava seus olhos se
sentindo amada, e as caricias que recebia congelaram o tempo naquela
madrugada. E assim Maria se via amada, sentindo aquelas mãos do
homem que amava... Maria vai se entregando, acreditando ser ela, a amada.
E o homem a fez mulher em seu leito, cobiçada... Maria fecha os
olhos, a sentir em sua pele, o toque daquele corpo a desbravar
cada centímetros como se fosse um rico tesouro. E Maria extasiada e
a excitação dominando-a, com aquelas mãos incendiando em desejos, os dois
corpos enrolavam-se naqueles lençóis... E num segundo de movimento Maria
deita o homem, que, sem ação se entrega ao domínio da mulher a lhe
profanar palavras em seu ouvido em formas de juramento... E Maria cavalgando o
corpo de seu amante a beijar-lhe a boca, desce as unhas ao peito, aproximando
de seu corpo e agasalhando-o lentamente. Levando-o a boca e a fitar-lhe
os olhos - a passar a língua em seu
peito, descendo ate o umbigo, lambendo-o e escorregando-se lentamente... E ele
a revirar-se em desejos, a contorcer-se em êxtase... Segura os cabelos de Maria que estava a
sugar-lhe. Agora atiçado com seu membro intumescido... Num segundo se levanta jogando
Maria ao leito - a abri-lhe as pernas em
desespero... Passa a língua em seu sexo, abre-lhe as entranhas, penetrando seu
membro a jorrar-lhe de desejos. E assim fizeram amor, por toda aquela noite. Se
foi sonho ou fantasia, ate hoje não se sabe, mas Maria acordou naquela manha
sentindo cheiro de sexo e na boca um leve sabor de amor.
Albertina Chraim
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