segunda-feira, 18 de novembro de 2013

23. MARIA ALADA E OS TIJOLOS DE ESPONJA


Maria, nem bem adormecia, depois de mais um dia,  se põem  a sonhar - Via-se  numa armadilha em uns poucos metros quadrados. Não  reconhecia aquele lugar, que de luz nada havia, apenas as paredes se moviam. Perguntava-se mesmo em silencio, como chegou naquele lugar. Olhava a sua volta, não encontrava a saída e ao ver-se espremida    entra em prantos... As paredes eram duras,  de temperatura fria e Maria então via-se sem saída... Cada vez as paredes  aproximavam-se de Maria. Só resta-lhe então ajoelhar-se naquele chão a rezar o Pai Nosso. De repente  ouve um estrondo, e as paredes  se transformaram  em tijolos de esponja. Maria então, incrédula, com o que acontecia, vê uma porta a se abrir e uma voz a lhe chamar. Venha aqui pra fora! Vamos conversar, pois você presa a esse cômodo, não lhe pertence esse lugar! Maria assustada, sem ver o que ouvia... Aproxima-se daquela porta... Olha para fora e vê um belo jardim, com flores e muitas arvores, com pássaros a cantar... Maria sente a aragem e a brisa  no ar... Observa uma borboleta a voar naquele jardim. Maria se aproxima da linda borboleta que pousa em suas costas  grudando-lhe as asas. Agora Maria pode voar. Ao sentir-se, então alada... Bate suas asas a levitá-la daquele chão. Aos poucos, vai ganhando os ares, afastando-se do chão... Sente-se em liberdade, contemplando o horizonte, planando   no espaço, olhando além dos montes. Viajou por tantos espaços,  conhecendo tantos lugares. Maria só não sabia que já estava amanhecendo o dia, e  que o sonho iria acabar... E Maria então, espreguiçando-se em sua cama, abre os olhos devagarzinho, era hora de acordar.
Albertina Chraim

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