E a multidão, agitada, naquela pacata cidade, olhava para o
céu, com olhos arregalados como susto de
menina.
Não sabiam o que viria de tal nevoeiro que surgiu repentinamente no céu.
E Maria começou a correr
no meio do povo para chegar-se bem perto daquela luz de fogo. E algo na mente de Maria parecia dizer...
- Ande, Ande, chegue mais
perto...
E Maria se perdia no meio da multidão afastando
as pessoas com os braços, a pedir passagem...
- Saiam, saiam, deixe-me
passar...
Mas, a
população, como que petrificada, hipnotizada por aquela luz, atravancava o caminho de
Maria...
A distancia que a
separava da espaçonave era pequena, mas
era impossível alcançar-la...
E por telepatia a nave a
comunica-se com Maria que em disparada gritava:
saiam, saiam, saiam da frente, preciso passar...
E Maria, a correr entre a
população, sentia-se cada vez mais afastada de seu povo...
Tropeçava, caia, tropeçava,
levantava e tornava a cair...
Quando consegue vencer a multidão,
pensando alcançar a porta da espaçonave, Maria sente um vento quente no ar que varria a areia e deitava toda a relva...
Maria vê a espaçonave se
afastando, sumindo no ar, perdendo-se na
vastidão do céu...
Desconsolada Maria escuta uma voz maior que o próprio universo:
-
Ainda não foi dessa vez Maria, quem sabe
na próxima...
Nesse instante Maria
acorda e por momentos imaginava estar em contato com extraterrestre... Observa
o silencio da madrugada, aconchega-se na
cama puxa a coberta e pensa: foi apenas um sonho!
Albertina Chraim
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