terça-feira, 7 de maio de 2013

3. CONTATOS DE TERCEIRO GRAU




 E a multidão, agitada, naquela pacata cidade, olhava para o céu, com olhos arregalados  como susto de menina.
Não sabiam o que viria  de tal nevoeiro que  surgiu  repentinamente no céu.
E  Maria começou  a   correr   no meio do povo para chegar-se bem perto   daquela luz de fogo.  E algo na mente de Maria parecia dizer...  
- Ande, Ande, chegue mais perto...
E  Maria se perdia no meio da multidão afastando as pessoas com os braços, a pedir passagem...
- Saiam, saiam, deixe-me passar...
Mas,  a população, como que petrificada, hipnotizada   por aquela luz, atravancava o caminho de Maria...
A distancia que a separava da espaçonave era pequena, mas  era impossível alcançar-la...
E por telepatia a nave a comunica-se com Maria que em disparada  gritava: saiam, saiam, saiam da frente, preciso passar...
E Maria, a correr entre a população, sentia-se cada vez mais afastada de seu povo...
Tropeçava, caia, tropeçava, levantava e tornava a cair...
Quando consegue vencer a multidão, pensando  alcançar a porta da espaçonave,  Maria sente um vento quente no ar que varria a areia e deitava toda  a relva...
Maria vê a espaçonave se afastando, sumindo no ar,  perdendo-se na vastidão do céu...
Desconsolada Maria  escuta uma voz maior que o próprio universo: 
- Ainda não foi dessa vez  Maria, quem sabe na próxima...
Nesse instante Maria acorda e por momentos imaginava estar em contato com extraterrestre... Observa o silencio  da madrugada, aconchega-se na cama puxa a coberta  e pensa:  foi apenas um sonho!

Albertina Chraim

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