quarta-feira, 8 de maio de 2013

4. MARIA E O PASSARO



Era um bosque, desses quase encantado, e ate um tanto assustador... Algo de misterioso...
            Ao longe, ouvia-se o som dos galhos a bater rente as  arvores... O som das sinfonias dos pássaros em meio ao silencio da floresta era ensurdecedor.

          Maria caminhava por  entre as paralelas da trilha da clareira. O clarão dos raios de sol douravam sua pele... O vento cantarolava sua prece, nas hastes do bambuzal a ponto dos pássaros agarrarem-se ao ninho para  não  tombar seus filhotes...

          Maria, diante deste cenário, vai ao bosque para colher flores... Quando de repente uma rajada forte de  vento  sopra-lhe a face.  Ao ajeitar os cabelos olha para cima e vê despencar do alto da arvore um  passarinho.

          Vendo  o desespero do pássaro a bater suas poucas penas  Maria corre na direção a aparar em seus braços  aquele filhote  - tal qual a surpresa de Maria, ao sentir-lhe o calor em suas mãos, Maria ver  segura em seus braços uma criança...e de inocência angelical abre-lhe um sorriso...

        Num gesto sublime  maternal   Maria deita-lhe no cesto... Em  segundos a criança transforma-se em pássaro, bate suas asas e ganha os céus...

         Maria ainda incrédula, olha para o alto como a querer segurar-lhe outra vez... mas, o pássaro contorna a linha do horizonte e se junta a passarada...

         Maria volta-se ao cesto e mais uma vez incrédula, o encontra cheio das mais lindas flores.

        Maria desperta devagarzinho, de seu sonho e em questão de segundos sente exalar em seu quarto o perfume das flores..


Albertina Chraim

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