O grupo decidiu seguir a
trilha para passar o dia tomando banho na linda cachoeira escondida
no alto da montanha que guardava
segredos e mistérios em meio a natureza.
Depois de uma longa
caminhada, com mochilas nas costa ouvindo piadas e cantando a conhecia música dos
escoteiros – a “árvore da montanha”, tudo parecia perfeito, nessa doce
aventura, de desbravar aquele caminho
desconhecido ate alcançar a Cachoeira do Jarrão .
Ouvia-se já ao longe o
barulho das águas a cantarolar sua fúria,
contracenando com o barulho silencioso da floresta.
Maria, atenta, aos sons
dos pássaros entoando canções nos acorde das quedas das águas da Jarrão que envolvia com seu véu branco as espumas que
escondiam a fúria das tormentas do turbilhão
das águas – que encantavam e amedrontavam, ao mesmo tempo aquele lugar.
Foi assim, que, depois de
duas horas de caminhada chegaram a cachoeira encantada, cheia de pedras bonitas
e espumas brancas, que
enamoravam tenebrosas quedas d água.
O grupo então se dispersa
da cantoria, larga as mochilas e entra
nas águas a lançá-las para o ar -
fazendo chuvas de gotas douradas a cair-lhes sobre a cabeça...
E foi nessa alegria que
Maria, começam a reconhecer o local buscando aproximar-se das quedas das
águas que em metros de alturas pareciam infinitas.
As pedras escorregadias
exigiam cuidados. E brincaram toda a manha
a deliciar-se na fonte da cachoeira, até encontrar um lugar em forma de bacia,
que, diante de tantos lugares arriscados ali parecia um lugar mais seguro para
aproveitar aquela doce aventura...
Maria curiosa, atenta a
todo instante aos perigos constantes que habitavam aquele lugar, sente uma força
maior como se tivesse alguém maior a
lhes avistar... Corre seus olhos entre as árvores, vê o balanço das folhas, o
canto dos tucanos parecem se comunicar com os humanos:
– Tenham cuidados não se dispersem...
Maria se arrepia com a
certeza que há mais alguém naquele lugar...
Sempre muito atenta pede para todos se
cuidar...
- Não se afastem uns dos
outros, nem se aproximem da queda d água, pois
lá é arriscado e podem se afogar...
E assim passaram o tempo, a
fazer brincadeiras dentro dessa bacia de d agua, antes de chegar a ribanceira.
Porem, numa questão de
segundos, assim como gira o mundo, em espaço de descuido Maria olha para a
ribanceira e vê Teresa desaparecer como se
estivesses fugindo do mundo...
As águas calmas da bacia,
começam a se agitar e Maria grita para o
grupo para das águas se afastar.
Todos saíram das águas,
sem entender o ocorrido e Maria nesse momento perde os sentidos... Porem como
ser pensante... Acredita que em questão de instante – Teresa poderá
salvar...
Volta a cair nas águas, a
escorrega na ribanceira pensando que desta forma poderá trazer Teresa de volta,
e assim – a ela salvar.
Maria não sabia o que
viria pela frente, mas, seu instinto de sobrevivência a fez jogar-se nas águas...
Todos então em terra firme, ainda
assustados... Juntaram suas mãos a rezar.
No momento da queda, a
tormenta era tanta, que Maria atordoada rolando em queda livre chega ao fundo - já no chão da cachoeira.
Lá, encontra um novo
mundo, exatamente naquele lugar. Era
algo diferente, mesmo debaixo das águas –
se, lá em cima era tormenta, lá embaixo era de outra ordem - como um
cenário e poucas pessoas em cena...
Embebida com aquele lugar, questiona o que esta acontecendo... Olha para
cima e vê o mundo terreno... Não teve tempo de assustar-se, pois tinha uma missão
– se jogou naquela queda para trazer de volta Teresa.
Maria retoma aos poucos a
consciência, clama por clemência, não planejava ir-se dessa forma, muito menos desrespeitar os perigos daquele
lugar...
E Maria nesse momento,
então se lembra de quem a estava lá fora, a pouco a lhe vigiar... Morava no
fundo daquelas águas e iria lhe
salvar...
Brigando com a situação
Maria observa uma enorme mão a lhe
trazer a salvação... E por questão de segundos, Maria sente levantar-se do
fundo... E nas margens da cachoeira seu
corpo a relaxar...
Então já liberta, do fundo da cachoeira - Maria ainda
incrédula, de toda aquela situação, olha para longe e vê Teresa lhe estendendo
a mão ...
Ao esticar seus braços, segura Teresa, a puxa para perto de si e livrar-lhe da
correnteza.
O grupo de longe a correr
pela margem, avista Maria e Teresa, em
terra firma... Ao aproximar-se e certificar-se que esta tudo bem,
abraçam-se e um único som, dizem:
- Amem!
Ate hoje o grupo não
sabe como elas se salvaram daquela correnteza...
Maria ate hoje, guarda aquele segredo – que Deus também mora
naquele lugar.
Maria sente a
brisa a soprar-lhe a face como se realmente estive passado a noite e
vivesse essa aventura - naquele lugar...
Nesse instante, afasta as
coberta, espreguiça seu corpo, pois é hora de acordar.
Albertina Chraim
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