sexta-feira, 14 de junho de 2013

11.O PERFUME


E Maria, adormecida, agasalhada em seus braços sentiu-se palpitante com o calor daquele abraço.

Caminhou em terras quentes, voou nas alturas, navegou em águas claras, subiu colinas, e seguiram a mesma  trilha.

Era assim aquela manha, de um dia ensolarado... E Maria ainda ouvia de longe sua voz..
        Aquele Ser bonito, de porte elegante, conduzindo o seu sorriso como se já tivesse sido um dia, o seu amante.
      Não tiveram medos das entregas, nem das dores que sentiam, apenas trovaram prosas das verdades e das fantasias.
       Foram tantos os assuntos, de crianças e adultos - falaram de  cuidados, de amores e valores  -  das  saudades - de Deus e de Senhores.
      Não se sabe de onde veio, ou para onde ele foi. E apenas deixaram em suas mãos - o perfume.
     Que delicia esses dois, que de fragrância se despedem deixando no coração um do outro - uma linda reflexão  sobre o mundo.
      Mesmo com o  tempo ficando curto, os segundos parecendo eternos, cada suspiro de Maria revelam sentimentos... 
      As noites traiçoeiras, nos Sonhos de Maria transforma em realidade, suas fantasias.
   Maria mesmo dormindo, esboçava-se em sorrisos, sentido coisas, que talvez acordada, jamais tivesse sentido.
    Era pura ilusão, como se estivesse num teatro e os protagonistas vivessem  um grande amor.
     Mas, numa questão de descuido as luzes ascenderam, as cortinas se abriram...
     E Maria agora acordada, vira para o lado e percebe seu vazio.

Albertina Chraim

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