E Maria, adormecida, agasalhada em seus braços sentiu-se
palpitante com o calor daquele abraço.
Caminhou
em terras quentes, voou nas alturas, navegou em águas claras, subiu colinas, e
seguiram a mesma trilha.
Era assim aquela manha, de um dia ensolarado... E Maria ainda ouvia de
longe sua voz..
Aquele
Ser bonito, de porte elegante, conduzindo o seu sorriso como se já tivesse sido
um dia, o seu amante.
Não tiveram medos das entregas, nem das dores que sentiam, apenas trovaram
prosas das verdades e das fantasias.
Foram tantos os assuntos, de crianças e adultos - falaram de
cuidados, de amores e valores - das saudades - de Deus
e de Senhores.
Não
se sabe de onde veio, ou para onde ele foi. E apenas deixaram em suas mãos - o
perfume.
Que
delicia esses dois, que de fragrância se despedem deixando no coração um do
outro - uma linda reflexão sobre o mundo.
Mesmo
com o tempo ficando curto, os segundos parecendo eternos, cada suspiro de
Maria revelam sentimentos...
As
noites traiçoeiras, nos Sonhos de Maria transforma em realidade, suas fantasias.
Maria
mesmo dormindo, esboçava-se em sorrisos, sentido coisas, que talvez acordada,
jamais tivesse sentido.
Era
pura ilusão, como se estivesse num teatro e os protagonistas
vivessem um grande amor.
Mas,
numa questão de descuido as luzes ascenderam, as cortinas se abriram...
E
Maria agora acordada, vira para o lado e percebe seu vazio.
Albertina Chraim
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